Circuito de estações Adidas – Etapa Inverno

Olá gente!

Hoje foi dia de estrear no Circuito Adidas nos 10km, todas as minhas provas anteriores nesse circuito foram apenas nos 5Km.

Não iria fazer essa prova, já estava consciente de que não dava pra entrar no meu orçamento desse mês essa prova e coisas de Deus acontecem. Um grande amigo me fez uma mega surpresa, me inscreveu pra prova nos 10km sem eu saber.

Ao me deparar com o e-mail com a inscrição me senti feliz demais, ao mesmo tempo sem graça. Esse mês de Julho recebi tanto presente dos amigos, nossa, que não me acostumo e nem me sinto merecedora de tudo isso não. Nada contra quem é convidada pra correr provas por organização, deve ser gostoso, mas o sabor de ganhar uma inscrição de um amigo não tem preço.

Sou blogueira , sou corredora sim, mas ter amigos como os que eu tenho, nossa é a melhor coisa do mundo. Obrigada, obrigada, obrigada!

Mas vamos voltar ao foco Cássia Santana. Essa prova é querida por uns, odiada por outros. É uma prova cara pelo pouco que oferece ao corredor, isso é fato, nem discuto. Mas eu gosto das provas da Adidas. Ainda sou ela, do que algumas por ai que oferecem a mesma coisa e com inscrição mais cara.

É a prova que tem mais caminhante por metro quadrado, isso é fato. Mas gente o caminhante de hoje é o corredor de amanhã. Nada contra a galera que corre 2km e anda o resto que podem pagar uma prova, se motivar, sentir a energia de fazer uma prova e receber sua medalha no final. Atrapalha quem quer fazer tempo, como atrapalha, no primeiro km eu já estava desviando da galera que não respeita as baias de tempo, mas faz parte das provas da Adidas.

Cheguei cedo na prova, fiquei no grupo de corrida e uns 30min depois não me sentia bem. Sentia que a pressão não tava legal e olhe que tinha me alimentado direitinho no dia anterior, tinha dormido bem, tomado meu café da manhã como de costume, logo que me senti assim, perdi a vergonha e peguei uma banana no grupo, comi e fiquei sentada conversando com as pessoas e melhorei.

Nem circulei antes da prova começar, coisa que amo. Mas foi bom ficar mais na tenda da Triplaforma, preciso interagir mais com os alunos, não conheço quase ninguém do grupo. Quando o Coach e Ângela chegaram fui ao encontro deles, fico sempre mais tranquila com esses dois na prova. Era hora de aquecer com Anjinha.

O aquecimento foi bom, me sentia 100%, então senti que o momento anterior tinha ficado pra trás. Largamos e novamente meu Garmin resolveu atrapalhar, no aquecimento coloquei ele pra localizar o satélite, mas localizou rápido demais. Não tinha localizado coisa nenhuma, quando dei o start ao passar pelo tapete, foi que ele começou a localizar o satélite, resultado perdi 700 metros.

Pra completar fiquei mexendo nele no dia anterior, onde ativei um recurso de caminhada/corrida que a cada 5 minutos ele alertava para andar 1 minuto. Isso me atrapalhou, não que fizesse o que ele me indicasse, mas na hora de ver o pace as vezes concedia com o alerta e não via o pace do km.

Resolvi nem mais olhar mais, simplesmente correr. Na primeira hidratação não percebi que do lado que estava com Ângela tinha água, atravessei pra ir pro lado direito pegar água, resultado perdi Anjinha de vista, segui o resto da prova sozinha.

A luta não era mais acompanhar o pace pelo Garmin, mas sim pra encontrá-la. Como a prova da Adidas é muito cheia, só depois do retorno dos 5km a coisa fica tranquila. Anjinha já estava a uns 600m a minha frente, e fui administrando. Se a mente fosse melhor dava pra buscar o encontro dela, mas eu e a minha mente sabotadora com receio de forçar e quebrar (me sentir mal ou me lesionar...pensamento de gordo).

Tomei um gel novo que nunca tinha usado no 5km. Sei que não devo estrear nada em prova, mas esqueci de testar a marca CarboUp durante os treinos da semana. Depois de conversar com alguns amigos, eles me disseram que tomam o mesmo sabor e não sentem nada, resolvi arriscar por conta própria. João até falou Cassinha cada organismo é único, não se testa nada em prova...mas resolvi arriscar. Deu tudo certo, como podia não dá, então amigos que se espelham em mim, não façam isso.

No 6km meus amigos já estavam retornando do lado contrário ao meu, passou Lucas, Dart, Ygor, Rebeca, André, todo mundo que me via me gritava. Amo isso, galera muito obrigada e continuem fazendo, isso me ajuda demais, ainda mais que estava sem Ângela que me faz aumentar o ritmo.

Nino passou por mim de bicicleta e me incentivou, me avisando que só faltavam 4km pra acabar. Nino valeu viu, apareça mais vezes, melhor, larga a bike e vem pra pista. Fiz um 6km muito forte, o 7km e o 8km são sempre os meus piores kms, não andei em momento nenhum, nem sinto mais necessidade disso, mas termino sofrendo nesses dois km, os paces foram 7’21 e 7’11. O resto foi entre 6:50 a 7:01. Se tivesse com Ângela teria tido os primeiros 5km mais fortes.

Todas as mulheres que eu focava passar, passava. João fez isso comigo na chegada da prova da Independência e estou usando nos treinos e provas. Passei por um monte de magrinhas, sem deixa-las me ultrapassar. Durante o 8km comecei a lembrar do livro do Márcio Villar, “o limite é algo imposto pelo medo”, se joga que só faltam 2km, você não sabe a que tempo real você está na prova, se liberta da zona de conforto, chega botando os bofes pra fora, mas aumenta a passada Cássia Santana, seu coração está de boa, suas pernas tão de boa, se joga.

O meu 9km foi o mais perfeito de todas as provas com um pace de 6’10. A 400m tinham dois caras dando força e ouço “Tá bem, deixou um monte de marmanjo pra trás, falta pouco” e fui pros metros da morte, daqui a pouco ouvi alguém fazendo o aperto de mente a uma moça, pensei que fosse João comigo, mas não e ai fui forte usando aquilo pra concluir a prova bonito. Quando cheguei em casa o resultado já estava disponível e olhe que nem demorei muito na prova. Isso a O2 deixa muita organização pra trás, o resultado sai muito rápido. Senti falta de tirar foto com a galera que fez a prova. Muita gente foi embora cedo demais e terminei voltando cedo pra casa, então as fotos foram poucas.

Consegui passar na tenda da Equilibrium e dar os parabéns ao aniversariante do dia, Rodrigo Suzart. Parabéns atleta e professor, felicidades! Não consegui ir no churrasco, mas outros virão e estarei presente. Não podia deixar de comer um pedacinho do bolo de limão que a mãe dele faz. Esse bolo é mega famoso e Anjinha é testemunha que peguei uma lasquinha só pra provar. Lu Felúcio obrigada pelo convite viu, conte comigo nos próximos eventos, eu sou de outra assessoria mas adoro vocês.

Meu resultado final foi 1h10min15segundos. Foi a melhor prova de 10km? Foi, mas não fiquei satisfeita não, podia mais, devia ter ido pra morte no 7km, tenho que parar de mimimi e ficar com receio de quebrar e ficar fazendo sub70.

A minha briga agora é com a cabeça, porque o coração aguenta e as pernas nem se fala. Falta mais confiança pra arriscar, já era pra estrar no sub70 já a algum tempo. O peso não é mais desculpa, essa semana foi de treinamento direitinho então dá pra forçar a velocidade e chegar no limite. É como João diz “Se for pra ser tranquilo, vai passear no shopping Cassinha”.

Parabéns pelos amigos que fizeram a prova, senti falta de muita gente que não fez essa prova, mas é isso, com os preços altos, falta de incentivo de premiação nas categorias, temos que saber fazer as escolhas certas.

Qual será a minha próxima prova? Mizuno 10miles nas 10 milhas. 27 dias me separam da prova que mais está me dando medo, quero todo mundo lá me ajudando, vou concluir essa prova sem andar, prometo a todos vocês.

Gostaram de me vê na calça P? #meachando

70kg....chega logo, chega logo! Quanto mais perto fica, mais ansiosa fico.

O projeto #semchocolateatemizuno tá firme e forte.

Roberto, parabéns pela linda prova viu, estou orgulhosa de vê sua evolução. Fiquei feliz por você ter aceito a sugestão do tênis e aprovado.

FOTOS

Beijos!