quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Com Conjuntivite Viral

Tem mais de um mês que venho sofrendo com uma vermelhidão insuportável nos olhos. Num primeiro diagnóstico em 10/09 só se tratava de uma irritação por conta de ter carne no olho. Mesmo com os colírios indicados pela oftalmologista as coisas não melhoraram, pelo contrário, a vermelhidão continuava associada a dores de cabeça forte, coceira intensa, lacrimejamento, sensação de areia, embaçamento da visão e pálpebras inchadas. Nunca tive isso, mas como em tudo nessa vida tem sempre uma primeira vez, comigo não seria diferente.
No dia 22/09 como estava em Petrolina de férias resolvi ir no oftalmologista de meus pais e para minha surpresa o diagnóstico foi conjuntivite. Confesso que num primeiro momento fiquei na dúvida, mas pesquisando os sintomas no site oficial de Oftalmologia Brasileira me rendi a crer no novo diagnóstico. Em 27/09 tudo continuava igual, ao retornar ao oftalmologista de meus pais ele muda os colírios com objetivo de diminuir os incômodos citados acima.
Em 05/10 já em SSA retornei a minha oftalmologista que identificou que a minha conjuntivite é viral. A conjuntivite viral ela é mais resistente e se comporta igual a uma gripe, temos que aguardar o vírus ir embora. Seu período de incubação é de 4 a 7 dias. Geralmente começa por um dos olhos e no meu caso começou com o direito, com 3-4 dias, passa para o outro também. A fase aguda dura de mais 7 a 10 dias (maior risco de passar para outras pessoas).
A vermelhidão pode ficar até 2 a 3 semanas (principalmente se houve hemorragia conjuntival) que é o meu caso, enfim ninguém merece.
Agora estou na fase de que sinto muita dificuldade de enxergar em ambientes claros e ficar no trabalho de óculos de sol é insuportável. Diante de tal guadro, retornei no dia 07/10 na oftalmologista e o resultado foi 8 dias de atestado médico para tentar reverter o quadro.
Para os que estão ou um dia terão segue os cuidados que tem que ser realizados durante o processo:
ANTES (tentando escapar do contágio):
- Evitar ambientes fechados e com muita gente: conduções lotadas, auditórios, escolas, certos ambientes de trabalho. O ar condicionado ajuda a disseminar a doença.
- Não ir a sauna, praia e piscina, neste período de epidemia.
- Retrair-se, nas habituais manifestações de sociabilidade, restringindo apertos de mão. abraços e beijos na face.
- Não tocar objetos pegados antes por portador da doença, como maçanetas, alças, bolsas, pacotes, teclados, caneta/lapis, copo, talheres etc. Se o fizer, lavar logo as mãos e não passá-las no próprio rosto, por algum tempo.
- Estes objetos também devem ser limpos, de preferência com álcool, se for possível.
- Lavar o rosto e as mãos com maior freqüência que o comum.
DURANTE (deu azar e pegou a conjuntivite):
- Seja solidário e evite propagar a doença, poupando outros de seu contato.
- Se tem horror à luz forte, usar óculos escuros.
- Não coçar os olhos com os dedos. Se sentir necessidade de fazê-lo, usar gazes esterilizadas ou lenços de papel e descartá-los imediatamente. Passar com delicadeza. Esfregar fortemente agrava a doença. Lavar as mãos, logo em seguida.
- Prefirir toalhas de papel. Se tiver que usar de pano, separar as suas. Não as compartilhar com ninguém.
- Separar seu travesseiro e trocar a fronha diáriamente.
- Casais, preferir dormir separados, neste período
- Não compartilhar lentes de contato, óculos e maquilagem (se costuma usá-la).
- Separar seu sabonete (sólido ou líquido) e fazer uso exclusivo.
- Lavar o rosto com água da torneira, até pode; mas, nos olhos e em torno deles, preferir água fervida. Se as pálpebras amanhecerem coladas, deixar compressas de gaze húmida morna, sobre os olhos fechados, por 3-5 minutos, para amolecer a secreção e facilitar sua limpeza.
- Guardar uma parte da água fervida, na geladeira e fazer compressas geladas, com gaze esterilizada, sobre os olhos fechados, durante 5 minutos, 5 a 6 vezes ao dia. O frio diminue o desconforto, o edema e o prurido.
- Nos intervalos das compressas, se sentir falta, pode pingar, ou mesmo banhar os olhos, com soro fisiológico gelado.
- Habitualmente não há dor constante (mais para "picadas"). Se acontecer dor mesmo, não deixe de consultar um(a) oftalmologista. Podem melhorar com Paracetamol e até alguns antinflamatórios não-hormonais.
- Secreção amarelada e espessa, pode ser um indicador de contaminação bacteriana e um(a) oculista deve ser consultado(a) para receitar algum colírio com antibiótico.
- Os de casos mais brandos se sentem melhor usando colírio de lágrima artificial, várias vezes ao dia.
- Colírios mistos, com cortisona, devem ser evitados e só usados sob prescrição médica.
- Se aparecer uma falsa membrana, arranhando mais, deve ser retirada, quantas vezes surgir, pelo(a) oculista.
DEPOIS (avaliando os estragos)
- Mesmo tendo desaparecidos os sinais e sintomas, um(a) oculista deve ser visitado(a), principalmente se foi usado colírio com corticoide. Procurar saber se a pressão intraocular está normal ou subiu um pouco. Costuma reverter espontaneamente, mas outros casos podem precisar de tratamento.

- Procurar saber como está a córnea. Alguns ficam com um certo infiltrado puntiforme (pontinhos esbranquiçados, na espessura dela), que embaça a visão. Pode ser tratado.

- Procurar ver se ficaram aderências cicatriciais, (muito raras) ligando o globo ocular às pálpebras, ao nível dos fundos-de-saco.. Principalmente, se houve pseudo-membrana na fase aguda e, mais ainda, se não foram logo retiradas. Estas aderências, nos caso mais graves, limitam os movimentos dos olhos e podem necessitar de tratamento.
Fonte das informações: (CI-SBO)
Link: http://www.sboportal.org.br/sbo/scripts/ap/destaques/2.asp#4

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, ele é muito importante pra mim.
Bjs.